Entrevista: Marcelo Zagonel
O entrevistado de hoje pode ser
considerado uma peça chave na décima quarta edição do ‘Big Brother
Brasil’. Foi protagonista de polêmicas e possui umas das maiores
torcidas do programa: Marcelo Zagonel.
O curitibano de 27 anos quase agarrou o
prêmio. É recordista de paredões em toda a história do BBB, participou
de sete paredões se igualando somente a Ana Madeira (BBB9), eliminou
oito participantes, sendo dois como indicação do líder, foi o último
homem a sair da casa e ficou em quarto lugar na classificação geral
sendo eliminado pela participante Vanessa Mesquita na última semana do
reality com apenas 55% dos votos.
O “Vai Desmaiar ” se encontrou com
Marcelo Zagonel no Rio de Janeiro para bater um descontraído papo onde
ele expressou seus sentimentos na entrevista abaixo:
VAI DESMAIAR: O que você acha de ter sido rotulado como “banana” mesmo sendo um dos protagonistas da edição?
MARCELO ZAGONEL: Eu soube disso depois, até me surpreendi. Acho que as pessoas se apegaram a um jeito meu em uma determinada parte do programa, mas não vejo isso como uma maldade vejo como criatividade, algo pra ser engraçado. Tanto que depois não teve muita continuidade, acho que foi mais o contrário.
VD: Você acha que te usaram para se promover no jogo?
MZ: Não, a minha visão sempre vai ser a de dentro da casa, por mais que aqui fora a gente saiba de algumas coisas. Nem procurei ver, mas quem sabe? Talvez sim, talvez não. Eu não sei até onde cada um usou estratégia ou jogou.
VD: Qual momento no BBB que você guarda com carinho na memória? Por que?
MZ: O dia que eu vi a minha mãe. Nós jamais imaginávamos que aquela casa no jardim seriam as mães. Bial falou e achamos que eram novos participantes. Fui o primeiro a reconhecer a voz, aquele momento ali foi até mais impactante do que vê-la, então quando escutei “Celooo” eu parecia um leão: de um lado pro outro no muro, não sabia se chorava, se ria ou gritava. Esse momento me marcou muito.
MZ: Qual foi a briga da pinça? Me lembrem essa briga. Ah desculpa gente, eu não estou
lembrando… Mas o valor eu sei, assim como um corte de cabelo lá pra mim tinha um valor enorme.
VD: No jogo, você se arrepende de ter sido mais coração do que razão?
MZ: Não, eu entrei em um programa que eu nunca coloquei na minha cabeça que era um jogo. Nunca sabemos se vamos entrar ou não. Não tinha nada separado, foi de surpresa. Então nunca pensei, sempre fui vivendo, vivendo, vivendo. Talvez aqui fora, você comece a pensar: “Se eu tivesse feito aquilo?”, mas era um jogo. Não existe certo ou errado, existem alguns caminhos que você pode escolher para chegar no resultado mas eu nunca pensei em chegar na final, sempre vivi um dia após o outro, então não me arrependo da forma com que encarei o programa, agi com meus princípios, meu caráter e não me arrependo de ter sido coração.
VD: Que gosto tem o “bombom orgasmo”?
MZ: O gosto do bombom? O bombom é uma delícia! (risos) É de morango. Sabe aquele de morango com um creminho? É delicioso aquele bombom, comeria de novo. Eu gosto de bombom de morango, acho bem saboroso.
VD: Pedro Bial disse no discurso de sua eliminação que você se orgulha de seus defeitos e faz disso sua bandeira. Quais são seus principais defeitos?
MZ: Acho que vocês sabem todos até melhor que eu. (risos)
VD: Diga uma coisa sobre você que ninguém ainda saiba.
MZ: Que agora todo mundo vai saber? (risos) Todo mundo vê que eu fico me olhando direto no espelho, ou não? Toda hora arrumo meu cabelo, na academia fico direto me olhando, volta e meia me pego em frente ao espelho.
VD: Por que você entrava pra se arrumar e escovar os dentes no meio da festa?
MZ: Cabelo é uma coisa que me incomoda muito. Na festa você sua, pula… Daí eu entrava na casa, passava aquele creme de novo e penteava para trás. Escovava os dentes pois a gente nunca sabe o que vai acontecer, né? (risos) Tem que estar preparado.
VD: Geralmente, as torcidas são o espelho de seu participante favorito. Além da loucura, o que você acha que sua torcida tem em comum com você?
MZ: Acho que a emoção. Ao sair e ver o carinho das pessoas eu não tinha noção nenhuma da proporção, do que estava acontecendo aqui fora. Lá dentro eu estava sendo uma reprodução do que sou aqui fora, sem tirar nem colocar, mas com o confinamento tudo fica mais intenso. Não tinha noção do enorme carinho do público. Me surpreendi com a torcida, quando saí e vi os fãs me esperando no hotel, me abraçando, presenteando, cartas, choros… Então, essa emoção foi o que mais se assemelhou com meu comportamento, porque eu me emocionei muito lá dentro, as minhas emoções foram bem claras.
VD: O que você achou do #CantadasParaMarcelo que seus fãs subiram no Twitter e ficou entre os assuntos mais comentados da rede social? Qual você mais gostou?
MZ: Eu vi o #CantadasParaMarcelo, achei várias engraçadas. Tem aquela
do colchão que você me mostrou agora e aquela do “escreve download na sua cueca que eu baixo”. Todas muito boas, tem umas 20 ótimas, não dá pra escolher assim. A criatividade é demais, eu nunca tinha escutado, achei bem bacana.
VD: Quais são os requisitos mínimos para uma mulher te conquistar?
MZ: O estereótipo chama muito atenção quando você não conhece alguém. Sabe quando você olha e fala “noossa” e a pessoa te atrai? Mas isso não é tudo. Eu já conheci gente maravilhosa, mas que como pessoa não condizia, não era o que eu procurava. Acho que a simpatia e o olhar são coisas que me conquistam bastante, acredito muito no olhar entre duas pessoas. Ela deve ser simpática, extrovertida e brincalhona, acho que isso são coisas que observo muito em uma mulher.
VD: Das declarações que foram dadas aqui fora pelos participantes eliminados, qual foi a que mais te surpreendeu positivamente e negativamente?
MZ: Eu não sabia que existia aquela coisa tão forte de torcida, nunca tinha ouvido falar, não imaginava que tinha toda essa briga. De negativo eu não procurei ver muitas coisas, mas sei de algumas pessoas que comemoraram por eu ter saído, mas não me surpreendi. Só não entendi o motivo, até porque saíram antes que eu. Fui o último homem a sair da casa, então acho que cada um vê uma comemoração do seu ponto de vista. De positivo, meu pai comentou que a Princy torceu bastante por mim. O Roni e a Poly eu tinha certeza que torceriam, também contei com o apoio da Tatá Werneck e de tantas outras pessoas, fiquei surpreso com a mobilização.
VD: Você sente que alguns fãs passam do limite a ditar coisas sobre sua vida pessoal?
MZ: Não acho que eles passam do limite. As pessoas nos acompanharam 24h por dia, não nos tornamos conhecidos por cantar ou atuar, somos conhecidos pela intimidade. As pessoas acompanharam como se fosse uma novela, não que seja uma novela, mas existe uma torcida que fala “Poxa, você e tal pessoa ficam tão bem juntos!” ou “Poxa, por que você fez aquilo com aquela pessoa? Vocês poderiam se acertar.”, “É só amizade, não é?”; mas eu acho que as pessoas influenciam de acordo com a emoção que elas assistiam e às vezes veem isso como uma forma de querer ajudar ou como uma forma de querer o que é melhor pra mim, então é difícil mensurar se isso é um exagero, a pessoa acompanhou, então é proporcional ao quanto cada um me assistiu.
VD: O que você achou dos gritos de “Marcelo campeão!” da plateia na final do programa? Aquele momento te marcou de alguma forma?
MZ (com os olhos lacrimejando): Eu estou até emocionado agora. Nossa, quando entrei (no palco da final) então… De casa dava para perceber que gritavam por mim, mas antes de ser televisionado vocês não tem ideia. Fui um dos últimos a entrar lá. Quando entrei todo mundo começou a gritar: “Ão ão ão! Marcelo campeão!” foi ensurdecedor! Parecia que eu ainda estava na casa do BBB e estavam torcendo pra mim. Nem sei se podia, mas eu levantei e comecei a saudar todo mundo, começaram a gritar. Não foi ao ar no “Vídeo Show”, mas no intervalo do programa o apresentador Zeca Camargo veio me perguntar: “Marcelo, e esse grito da torcida: “E campeão! É campeão!”, você tem torcida aqui? Sua família está aqui?” e eu respondi: “Não. Acho que minha família já veio muito aqui, 7 vezes.” e ele deu risada. Acho que é o carinho de todo mundo. Eu não esperava, fiquei surpreso e foi muito emocionante.
VD: Aqui fora, você percebeu que algum participante apresentou comportamento diferente do que apresentava na casa do BBB?
MZ: Na verdade eu tive pouco contato com todos. Quando saí foi uma correria. Na segunda mal tinha dormido, na terça foi um choque encontrar todo mundo aqui fora. Tanto que só agora pude relaxar e entender melhor o que se passou. Aquilo [BBB] é um programa de televisão onde muitas pessoas jogaram, não que isso seja errado, mas de perceber que algumas pessoas talvez possam ser diferentes do que sejam aqui fora.
VD: Alguns dos seus desafetos dentro da casa se desculpou com você aqui fora?
MZ: Saí na correria sem muito contato com as pessoas e sem ter visto muita coisa. Na terça-feira a Aline se desculpou comigo, assim como Diego e Fran. Em alguns casos eu nem entendi porque estavam se desculpando, mas aceitei numa boa.
VD: Existe uma torcida muito grande do quase casal “Ancelo” que torcem por vocês independente de estarem juntos ou não. O que você acha dessas pessoas que torcem por vocês dois? Assistiu alguns dos milhares de vídeos no Youtube? O que achou?
MZ: Eu acho bonito que torçam pela felicidade de nós dois independente de estarmos juntos ou não e entendo que as pessoas que acompanham se identifiquem, vejam o casal e acham que combinam fisicamente, ou o jeito e com isso passam a torcer, como em novelas, por verem como você cuida, se envolve, quer o bem e acabam torcendo para a felicidade e achando que é o melhor para a pessoa. Assisti a alguns dos vídeos e achei legal, gostei.
VD: Como foi gravar o Zorra? Sentiu que esse é o caminho que você deve seguir profissionalmente?
MZ: Foi muito prazeroso! Ainda mais em contracenar com pessoas que eu admiro e assistia na TV como a Mariana Santos e Tadeu Mello. Apesar de ter tido um roteiro eu interpretei a mim mesmo.
VD: Você teve uma ótima interação com a Tatá Werneck durante sua passagem na casa. Você gostaria de trabalhar com ela futuramente?
MZ: Claro, adoraria! Admiro muito ela como artista. Acompanhei a novela e adorava a Valdirene, dava altas gargalhadas com ela, assim como achei forte a cena do Felix revelando ao pai que era gay. No confinamento ficava pensando na possibilidade da Valdirene entrar no “Big Bódis” (risos) e tive a sorte de estar próximo a porta no momento em que ela entrou.
VD: Vocês sabiam que a prova da eliminação da Valdirene era uma cena para novela e não representava nada no jogo?
MZ: Não. No começo eu realmente achava que se eu fosse mal na prova eu poderia está eliminado. Era uma das primeiras provas do programa e não tinha ainda muita noção.
VD: Pode nos explicar o que era o “cai-cai balão”?
MZ: Os balões lá da Capadócia, de Salve Jorge? (risos) Na verdade não fui eu, vocês tem que perguntar para quem fez, não foi a Angela? Foi ela quem inventou essa posição na brincadeira, não foi? Lembro que perdi e saí rápido da brincadeira.
VD: Rapidinhas:
“Deixa acontecer naturalmente” ou “Com você”: “Deixa acontecer naturalmente” não sei se necessariamente é natural. “Com você” eu não sei quem é o “você”.
Com barba ou sem barba: Com barba, né?
Whisky com pedrinhas de gelo ou sem gelo: Com gelo.
“Quem é a putinha?” ou “Pareee guria!”: Pareee guria.
Entre quatro paredes eu…: Arraso!
Fonte: Vai Desmaiar
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